No começo da década de 80, logo após o ressurgimento do King Crimson e pouco antes do lançamento derradeiro de Synchronicity, último álbum do Police; o vanguardista Robert Fripp, líder do King Crimson, , junta-se ao então guitar-man do Police, Andy Summers, para um projeto paralelo experimental. Quase que uma intercessão entre as duas bandas, junto com fusões que passam entre o eletrônico, new age e música oriental, é lançado, em 1982, o álbum “I Advance Masked”, de Fripp e Summers. Sem poupar limites, o disco apresenta, junto com uma boa dose de efeitos e guitarras, as mudanças constantes de tonalidades e texturas de Fripp, e a constância plástica de Summers. Tudo isso, é claro, sem deixar de lado o clima metálico e robótico dos anos 80.

Guitarrista e idealizador do influente King Crimson, Robert Fripp gravou com grandes nomes da música pop, como Peter Gabriel e David Bowie, e participou de outros inúmeros projetos experimentais, como o California Guitar Trio, além de sua própria carreira solo. Criador do “instrumento” frippertonic, onde rolos de fita permitem o guitarrista a reverter seus próprios riffs, Fripp ainda é um dos maiores experimentadores da música contemporânea.

Não muito diferente dele, Andy Summers, o criativo guitarrista do The Police, introduziu, com suas texturas e modos distintos de acordes mixadas com pedais de chorus e delay, o primeiro passo da evolução da guitarra pop na década de 80. Igualmente ex-membro de bandas de suporte de artistas consagrados, como Neil Sedaka, Summers participou de bandas de jazz em sua adolescência, além de ter cursado quatro anos de violão clássico e composição na Universidade Católica de Los Angeles.

Além do albúm de 1982, “I Advance Masked”, a dupla lançou, em 1984, “Bewitched”, seguindo a mesma linha do disco anterior, porém com um viés mais rock’n roll..