Zeferino Coelho (I): "A nossa hipótese de sobrevivermos ao quotidiano é através da poesia."
Foi o editor de José Saramago, o único Nobel português de Literatura, e ainda hoje tem orgulho quando se lhe referem assim. Zeferino Coelho, 79 anos, nasceu em Paredes, uma pequena vila do distrito do Porto, em
1945. Filho mais velho de 5 irmãos, foi criado pelo avô, o que terá contribuído para poder estudar e fazer um percurso escolar que o levaria primeiro a Guimarães e depois, no ano lectivo de 62-63, à recém-criada Faculdade de Letras da universidade do Porto, para tirar o curso de Filosofia.
Só na adolescência se consolida como leitor, e deve-o à biblioteca itinerante da Fundação Calouste Gulbenkian, que visitava Paredes quinzenalmente.
A entrada na Faculdade trar-lhe-ia o admirável mundo novo da luta antifascista, a ousadia da troca de ideias em cafés do Porto, como o Piolho. Acabaria por aderir ao PCP aos 20 anos, partido onde trabalhou de 72 a 76. Passou pela editora Inova, entes de ajudar a criar a Caminho, onde se mantém até hoje. Foi ele que decidiu publicar o livro Levantado do Chão, de José Saramago, que havia
sido recusado antes por outras editoras, e esse facto, marcou a sua vida e a da editora.
Poemas primeira parte
Sophia de Mello Breyner Andresen – Arte poética 2
Sophia de Mello Breyner Andresen – Senhora da Rocha
Sophia de Mello Breyner Andresen – Crepúsculo dos Deuses
D. Dinis – Ai flores, ai flores do verde pino
João Roiz de Castelo Branco – Cantiga partindo-se
Luís de Camões – Babel e Sião
Antero de Quental – A um crucifixo