O Poema Ensina a Cair
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Raquel Marinho

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Perseguindo a ideia de Lawrence Ferlinghetti - "a poesia é a distância mais curta entre duas pessoas" - esperamos, através das escolhas poéticas dos nossos convidados, ficar mais perto deles e conhecê-los melhor. Usamos o verso de Luiza Neto Jorge “O Poema Ensina a Cair” para dar título a este podcast sobre os poemas da vida dos nossos convidados. Um projecto da autoria de Raquel Marinho. "Melhor podcast de Arte e Cultura" pelo Podes 2021 - Festival de Podcasts.

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Carlos Vaz Marques (I): "A poesia está no início. Eu acho que a seguir aos livros de aventuras da infância, aquilo que me motivou durante mais tempo na adolescência foi descobrir poetas e poesia."
OCT 25, 2024
Carlos Vaz Marques (I): "A poesia está no início. Eu acho que a seguir aos livros de aventuras da infância, aquilo que me motivou durante mais tempo na adolescência foi descobrir poetas e poesia."

Carlos Vaz Marques, 60 anos, vem dizendo que ganha a vida a fazer perguntas, mas hoje em dia, além de jornalista, é também editor e tradutor.

Estudou Línguas e Literaturas Modernas, foi professor durante 2 anos, trabalhou na Rádio universidade Tejo, no JL, no semanário O Jornal, e na TSF durante muitos anos, rádio onde criou esse espaço de entrevistas chamado Pessoal e Transmissível, o programa de comentário cujo nome está impedido de dizer e que permanece até hoje, e um programa diário de sugestões de leitura chamado Livro do Dia.

Na primeira parte desta conversa, dá-nos conta de alguns dos poemas de que mais gosta, do primeiro encontro com a poesia através das palavras do avô materno que sabia o Canto IX dos Lusíadas de cor, das primeiras leituras de ficção com os livros de Enid Blyton, da forma curiosa que escolheu para se relacionar com o mundo: "Há duas formas de nos relacionarmos com o mundo. Uma é esperar que o mundo venha ter connosco, outra é irmos ao encontro do mundo. E no meu caso, até pelo treino de jornalista, sempre fujo muito de me centrar muito em mim próprio."


Poemas primeira parte:

1: Luís de Camões – Sete anos de pastor Jacob servia Labão

2: Ruy Belo – Algumas proposições sobre pássaros que o poeta remata com uma referência ao coração

3: Jorge de Sena – Carta a meus filhos sobre os fuzilamentos de Goya

4: Alberto Caeiro, Poema VIII, O Guardador de Rebanhos

5: Herberto Helder – Li algures que os gregos, A faca Não Corta o Fogo

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83 MIN
Zeferino Coelho (I): "A nossa hipótese de sobrevivermos ao quotidiano é através da poesia."
OCT 11, 2024
Zeferino Coelho (I): "A nossa hipótese de sobrevivermos ao quotidiano é através da poesia."

Foi o editor de José Saramago, o único Nobel português de Literatura, e ainda hoje tem orgulho quando se lhe referem assim. Zeferino Coelho, 79 anos, nasceu em Paredes, uma pequena vila do distrito do Porto, em 1945. Filho mais velho de 5 irmãos, foi criado pelo avô, o que terá contribuído para poder estudar e fazer um percurso escolar que o levaria primeiro a Guimarães e depois, no ano lectivo de 62-63, à recém-criada Faculdade de Letras da universidade do Porto, para tirar o curso de Filosofia.

Só na adolescência se consolida como leitor, e deve-o à biblioteca itinerante da Fundação Calouste Gulbenkian, que visitava Paredes quinzenalmente. A entrada na Faculdade trar-lhe-ia o admirável mundo novo da luta antifascista, a ousadia da troca de ideias em cafés do Porto, como o Piolho. Acabaria por aderir ao PCP aos 20 anos, partido onde trabalhou de 72 a 76. Passou pela editora Inova, entes de ajudar a criar a Caminho, onde se mantém até hoje. Foi ele que decidiu publicar o livro Levantado do Chão, de José Saramago, que havia sido recusado antes por outras editoras, e esse facto, marcou a sua vida e a da editora. Poemas primeira parte

Sophia de Mello Breyner Andresen – Arte poética 2

Sophia de Mello Breyner Andresen – Senhora da Rocha

Sophia de Mello Breyner Andresen – Crepúsculo dos Deuses

D. Dinis – Ai flores, ai flores do verde pino

João Roiz de Castelo Branco – Cantiga partindo-se

Luís de Camões – Babel e Sião

Antero de Quental – A um crucifixo



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79 MIN