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"Podcast da Semana" traz todo domingo um bate-papo de 30 minutos com um convidado sobre o assunto da semana da Gama Revista.

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Hugo Monteiro Ferreira: o ócio na infância e na adolescência
DEC 7, 2025
Hugo Monteiro Ferreira: o ócio na infância e na adolescência
Estamos todos tão acelerados que hoje até as crianças têm agendas de executivos. Mas o que elas perdem quando não têm tempo para o ócio? “O ócio, essa palavra que remete a não fazer nada, significa de fato e de direito fazer tudo em prol de si próprio. Quando a criança aprende a viver essa atividade, ela tem melhor compreensão sobre a vida”, afirma o educador e psicólogo Hugo Ferreira Monteiro, o entrevistado desta edição do Podcast da Semana.“Você vai ver criança que não tem tempo nem para acordar. Chega na escola, entra na sala de aula, começa a tarefa; sai da tarefa, vai pro inglês; sai do inglês, vai pro balé; sai do balé, vai pro jogo; chega em casa cansadíssima”, afirma na entrevista a Gama.Monteiro acaba de lançar “Agora o meu Chão São as Nuvens: As famílias contemporâneas e os desafios na educação de crianças e adolescentes” (Ed. Autêntica, 2025), em que discute situações de violência. Com formação multidisciplinar em psicologia, educação e letras, é professor da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), diretor do Instituto Menino Miguel e coordenador do Núcleo do Cuidado Humano.Na entrevista, ele discute a diferença entre ócio e tédio e dá dicas sobre como os adultos das famílias podem ensinar às crianças a aprender a relaxar. A principal delas é que se aprende pelo exemplo. “Chamo a atenção para a brincadeira com a natureza. Nós, adultos, precisamos também retomar isso em nós, porque a gente está a mil por hora. É impressionante a quantidade de adulto que não escuta áudio na rotação mais lenta, por exemplo”, diz. Ele fala também como o humor é uma estratégia poderosa na educação.Roteiro e apresentação: Isabelle Moreira Lima
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32 MIN
Eliana Sousa: segurança pública e trauma
NOV 30, 2025
Eliana Sousa: segurança pública e trauma
A morte de 121 pessoas no Complexo do Alemão e Penha, na operação policial mais letal do estado do Rio de Janeiro, nos convidou a pensar nos adultos e crianças que vivem nessas comunidades e que têm a rotina, a saúde mental, a vida impactada por operações policiais cada vez mais frequentes -- além daquelas que sofrem diferentes tipos de violências e perdem entes queridos. É sobre esse tema o episódio com Eliana Sousa Silva, convidada do Podcast da Semana, da Gama.Eliana Sousa Silva é fundadora e diretora da Redes da Maré, uma instituição da sociedade civil que produz ações em busca de qualidade de vida e garantia de direitos para os mais de 140 mil moradores das 15 favelas da Maré. Pesquisadora em segurança pública, tem graduação em Letras, mestrado em Educação e doutorado em Serviço Social. Faz parte da Cátedra Patrícia Acioli (UFRJ) e integra o Centro de Estudos de Cidades - Laboratório Arq. Futuro do Insper. É Doutora Honoris Causa pela Queen Mary University of London e fez parte da Cátedra Olavo Setubal de Arte, Cultura, Ciência e Educação, no Instituto de Estudos Avançados da USP (IEA). Eliana chegou em Nova Holanda, uma das favelas do Complexo da Maré com a família aos 7 anos, onde morou por 30 anos.Na conversa com Gama, ela diz que operações policiais são reflexo de uma ausência anterior do estado, fala do dia a dia das populações das comunidades cariocas e traz caminhos possíveis de transformação dessa realidade de violência e abandono.Roteiro e apresentação: Luara Calvi Anic
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30 MIN
Alexandre Patricio de Almeida: os desafios do envelhecimento
NOV 16, 2025
Alexandre Patricio de Almeida: os desafios do envelhecimento
Como envelhecer bem e com alegria num mundo que valoriza a juventude acima de tudo? Neste episódio do Podcast da Semana, o psicanalista Alexandre Patricio de Almeida, fala sobre o processo de envelhecimento e de como os lutos da vida podem nos preparar para uma maturidade mais plena.“É claro que tem as limitações do corpo, tem as queixas, isso é inevitável. O importante é a gente poder abraçar esses limites para que essas frustrações não se tornem pedras no caminho que paralisem a nossa caminhada, que travam o nosso movimento vital. Estar vivo implica envelhecer”, afirma na entrevista.Doutor em psicologia clínica pela PUC de São Paulo, Alexandre Patricio de Almeida é apresentador do podcast “Psicanálise de Boteco” e autor de livros como os da série “Por uma Ética do Cuidado” e “A Clínica Winnicottiana: os Casos Difíceis”. Agora, está lançando “O Elogio à Tristeza”, pela editora Record, em que discute a importância do sentimento para a saúde mental.“Tem gente também que se fecha em si mesmo e não está disponível para aprender com a maturidade”, diz a Gama. “Para sermos capazes de sentir felicidade, precisamos ter coragem de abraçar a nossa tristeza e dar a ela dignidade. Poder assumir as nossas insuficiências, o que deu para fazer, o que não deu, o que eu posso correr atrás agora, o que eu preciso largar, o que eu preciso renunciar.”Almeida relaciona também a dificuldade de aceitar o envelhecimento com a lógica neoliberal de descartar o que está velho. “Isso não só se aplica a objetos, mas também aos seres humanos. E a gente vê isso na sociedade, o mercado de trabalho fechando, não autorizando pessoas a entrarem depois de uma certa idade, você vê a solidão dessas pessoas, dos idosos, das famílias que não acompanham mais.”Roteiro e apresentação: Isabelle Moreira Lima
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35 MIN