<description>&lt;p&gt;No mar profundo, h&amp;aacute; corais que hoje s&amp;atilde;o grandes, mas que se come&amp;ccedil;aram a formar h&amp;aacute; 4000, 5000 anos. &amp;ldquo;Ainda Alexandre o Grande andava por a&amp;iacute;&amp;rdquo;, diz Ricardo Serr&amp;atilde;o Santos, para explicar a impossibilidade de recuperar a vida destes ecossistemas, se a explora&amp;ccedil;&amp;atilde;o mineira avan&amp;ccedil;ar. &amp;ldquo;Isto d&amp;aacute; uma ideia de qu&amp;atilde;o irrecuper&amp;aacute;vel &amp;eacute; o mar profundo se o destruirmos&amp;rdquo;.&lt;/p&gt; &lt;p&gt;Enquanto&amp;nbsp;&lt;a href="https://www.publico.pt/2019/10/15/politica/noticia/novo-governo-ministro-mar-ricardo-serrao-santos-eurodeputado-cientista-1890132" data-cke-saved-href="https://www.publico.pt/2019/10/15/politica/noticia/novo-governo-ministro-mar-ricardo-serrao-santos-eurodeputado-cientista-1890132"&gt;ministro do Mar&lt;/a&gt;, entre 2019 e 2022, e deputado europeu pelo Partido Socialista, Ricardo Serr&amp;atilde;o Santos, que estuda a biodiversidade marinha e os ecossistemas oce&amp;acirc;nicos, cruzou-se v&amp;aacute;rias vezes com a vontade de alguns de avan&amp;ccedil;ar para a extrac&amp;ccedil;&amp;atilde;o de minerais no fundo do mar &amp;ndash; um objectivo que j&amp;aacute; rondou o mar dos A&amp;ccedil;ores.&lt;/p&gt; &lt;p&gt;Cientista principal honor&amp;aacute;rio no Instituto&amp;nbsp;OKEANOS, na Universidade dos A&amp;ccedil;ores, foi um dos coordenadores do relat&amp;oacute;rio pedido pelo Presidente franc&amp;ecirc;s, Emmanuel Macron,&amp;nbsp;&lt;a href="https://ipos.earth/global-deep-sea-consultation-pilot-project" data-cke-saved-href="https://ipos.earth/global-deep-sea-consultation-pilot-project"&gt;sobre a minera&amp;ccedil;&amp;atilde;o no mar profundo&lt;/a&gt;, para a Confer&amp;ecirc;ncia das Na&amp;ccedil;&amp;otilde;es Unidas dos Oceanos em Nice, de 9 a 13 de Junho.&lt;/p&gt; &lt;p&gt;&amp;ldquo;Os impactos da minera&amp;ccedil;&amp;atilde;o s&amp;atilde;o incomensur&amp;aacute;veis, e sentir-se-&amp;atilde;o a grandes dist&amp;acirc;ncias na coluna de &amp;aacute;gua, onde h&amp;aacute; recursos relevantes para as pescas e para o turismo&amp;rdquo;, alerta.&lt;/p&gt; &lt;p&gt;Edi&amp;ccedil;&amp;atilde;o: Magda Cruz&lt;/p&gt;&lt;p&gt;See &lt;a href="https://omnystudio.com/listener"&gt;omnystudio.com/listener&lt;/a&gt; for privacy information.&lt;/p&gt;</description>

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Ricardo Serrão Santos: “Se virmos o oceano só como espaço para a economia, os riscos são enormes”

JUN 4, 202536 MIN
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Ricardo Serrão Santos: “Se virmos o oceano só como espaço para a economia, os riscos são enormes”

JUN 4, 202536 MIN

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No mar profundo, há corais que hoje são grandes, mas que se começaram a formar há 4000, 5000 anos. “Ainda Alexandre o Grande andava por aí”, diz Ricardo Serrão Santos, para explicar a impossibilidade de recuperar a vida destes ecossistemas, se a exploração mineira avançar. “Isto dá uma ideia de quão irrecuperável é o mar profundo se o destruirmos”.

Enquanto ministro do Mar, entre 2019 e 2022, e deputado europeu pelo Partido Socialista, Ricardo Serrão Santos, que estuda a biodiversidade marinha e os ecossistemas oceânicos, cruzou-se várias vezes com a vontade de alguns de avançar para a extracção de minerais no fundo do mar – um objectivo que já rondou o mar dos Açores.

Cientista principal honorário no Instituto OKEANOS, na Universidade dos Açores, foi um dos coordenadores do relatório pedido pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, sobre a mineração no mar profundo, para a Conferência das Nações Unidas dos Oceanos em Nice, de 9 a 13 de Junho.

“Os impactos da mineração são incomensuráveis, e sentir-se-ão a grandes distâncias na coluna de água, onde há recursos relevantes para as pescas e para o turismo”, alerta.

Edição: Magda Cruz

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